Chega-se à Batalha e morre-se pelos olhos. A estocada da beleza rasga-se-nos a carne, e peito adentro aloja-se o espanto. A opulência do Mosteiro intimida o que em nós é mortal, a noção da nossa diminuta existência agudiza-se à medida que o edifício nos engole a identidade e tudo em nós são ogivas, fustes, capitéis, cúpulas, claustros. É medonho o impacto, fere no âmago a nossa pequenez. Todo o edifício é um delírio visual, um deleite artístico, uma viagem interior que nos reduz ao silêncio na tentativa de compreensão do espaço. É quase impossível sair-se imune ao ruído que por dentro se vai desenhando, e que se torna insustentável ante a beleza infinita do mistério dos vitrais que filtrando a luz nos contam histórias a cores impensáveis. É sem dúvida um dos mais belos monumentos do Mundo na sua complexa composição de ar solene e agreste. Não será por acaso tal, dado que o seu nascimento proveio de um Rei de vontade indómita e visão profética.
Texto de Susana Berardo
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Bem apanhado 🙂
I was lucky to visit Batalha last year. I so amazed seeing the Monastery and its beautiful architecture ,interior and kings tombs . Listening to the history of Portugal and Batalha, also seeing the change of guards at Uknown Soldier tomb, I really felt touched by it.